sexta-feira, 18 de maio de 2012

JOSÉ GUIMARÃES ROSA


MADRIGAL
No tronco do jequitibá,
Que estavas abraçando,
Colando- lhe o corpo, do rostinho aos pés,
Vejo os arranhões, quase de pé,
Afia as garras,
E, mais embaixo, a casca estraçalhada,
Onde os caititus vêm acerar os dentes…

ALARANADO
No campo seco, a crepitar em brasas,
Dançar as últimas chamas queimada,
Tão quente que o sol pende no ocaso,
Bicado,
Pelos sanhaços das nuvens,
Para cair, redondo e pesado,
Como uma tangerina temporã madura…

MUNDO PEQUENO
O albatroz prepara
Breve passeio
De Polo a Polo…

GARGALHADA
Quando me disseste que não mais me amavas,
E que ias partir,
Dura, precisa, bela e inabalável,
Com a impassibilidade de um executor,
Dilatou-se em mim o pavor das cavernas vazias…
Mas olhei-te bem nos olhos,
Belos como o veludo das lagartas verdes,
E porque já houvesse lágrimas nos meus olhos,
Tive pena de ti, de mim, de todos,
E me ri
Da inutilidade das torturas predestinadas,
Guardadas para nós, desde a treva das épocas,
Quando a inexperiência dos Deuses
Ainda não criara o mundo…

Soneto de fidelidade Vinicuis de Moraes

De tudo.ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo,e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento


Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu prato
Ao seu pesar ou seu contentemento


E assim quando mais tarde me procure
Quem sab a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa me dizer do amor(que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Justificativa:

Esse projeto acontece na E.M.E.F. Celso Leite Ribeiro Filho, e tem como professores responsáveis:
Projeto de quinta-feira das 12:00 às 13:30 horas
Professor: Roberto Tavares da Silva
Professora: Marta Regina Rocha
Projeto de Sexta-Feira das 12:00 às 13:30 horas
Professora: Edelma Jesus de Sá Landim
Professores Colaboradores:
Lélia Rita de Carvalho
João Eduardo Casanova
Célia Regina Garcia
Susana Simões R. da Silva
Antonia Vilma Brito Azevedo
Fausto Keith Yamaji

Implantar o projeto de academia estudantil Vinicius de Moraes, atendendo ás metas da U.F. e S.M.E, a fim de promover o protagonismo infanto-juvenil, em consonância com  o Programa de Ler, Escrever e Conviver. Criar espaços para formação cultural e ética dos alunos/intercâmbistas e dar oportunidade para o desenvolvimento de auto-estima, da capacidade de expressão oral e escrita, buscando através dos estudos dos acadêmicos, a motivação pela leitura, interesse pelo conhecimento e o desejo de construir os diferentes gêneros textuais e o exercício pleno da cidadania formentando a pluralidade cultural através de troca de experiências.

Waldemar Henrique da Costa Pereira

Waldemar Henrique da Costa Pereira (Belém do Pará, 15 de fevereiro de 1905 — Belém, 29 de março de 1995), foi um maestro, pianista, escritor e compositor brasileiro. Artista símbolo do Pará, tanto que a cidade de Belém possui uma praça e um teatro que levam seu nome..
Waldemar Henrique era filho de um descendente de portugueses e de indígenas. Depois de perder a mãe muito cedo, foi com o pai para Portugal, retornando ao Brasil em 1918. A partir de então viajou pelo interior da Amazônia, época em que travou contato com os elementos da cultura e do folclore amazônicos que seriam mais tarde característicos de sua obra musical.
A primeira música de sucesso de Waldemar Henrique foi Minha Terra, composta em 1923. Em 1929 estudou no Conservatório Carlos Gomes. Sua família era contra, e seu pai insistiu para que ele se desviasse de sua vocação empregando-o num banco.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1933, onde estudou piano, composição, orquestração e regência. Suas obras têm principalmente como tema o folclore amazônico, indígena, nortista e brasileiro. Waldemar Faleceu em 29 de Março de 1995 aos 90 anos vitima de Câncer
Waldemar Henrique da Costa Pereira nasceu na cidade de Belém, estado do Pará, no dia 15 de fevereiro de 1905. Sua mãe, Joana da Costa Pereira, era de origem indígena e morreu quando Waldemar Henrique tinha um ano de idade, tendo sido ele criado por sua tia, Estefânia Rosa da Costa, que casou-se com seu pai, Thiago Joaquim Pereira, português.
Sua infância foi vivida na cidade do Porto, em Portugal, país que lhe inspirou posteriormente a composição de três canções. Waldemar Henrique possuia sérios problemas de vista, que foram descobertos aos seis anos de idade, enquanto estudava em uma escola em Portugal. Antes disso, achavam que ele era uma criança um pouco lenta e desajeitada, que deixava os copos caírem e esbarrava nas cadeiras. Levaram-no ao oftalmologista por recomendação da professora, e foi prescrito que começasse a usar óculos, mas sempre os quebrava em suas brincadeiras. Por isso proibiram-no de brincar, o que fez dele um menino extremamente observador e pensador (PEREIRA, 1984, pp. 21-22). Em sua maturidade, afirmou ter tido dificuldades com sua visão desde criança e, desde então, se consultava frequentemente com oftalmologistas .
Em 1918, aos 13 anos, retornou a Belém, quando começou a estudar piano. Em 1929, aos vinte e quatro anos, ingressou no Conservatório Carlos Gomes com forte incentivo do professor e maestro italiano Ettore Bosio. Fez curso de regência com Arthur Bosmans , mas não pretendia seguir carreira devido a seus problemas de visão, como glaucoma e catarata, que pioravam a cada ano e que, ao final de sua vida, o fizeram quase cego.
Waldemar Henrique era um adepto da música tradicional. Conheceu Hans Joachim Koellreutter (1915 - 2005) e dizia não se identificar com aquele estilo experimental. W. Henrique ganhava a vida com sua música, que era bem aceita. Ele admirava seu próprio trabalho e vivia perseguindo a composição de uma obra-prima (CLAVER FILHO, 1978, p.72). Talvez ele tenha feito não somente uma, mas várias, já que mais de cento e cinquenta canções, além de peças para piano solo, coro, orquestra e música para novela, teatro e filmes, formam a obra do compositor. Muitas delas, na primeira escuta já agradam a todo tipo de ouvido e seduzem a tantos músicos, que frequentemente recorrem à obra do compositor para fins de estudo ou para incrementar seu repertório.
Suas obras têm principalmente como temas o folclore amazônico, indígena, nordestino e afro-brasileiro. É autor da primeira versão musical (1958) de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, poema dramático premiado pelo Jornal do Comércio.
Rádios, teatros e cassinos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte foram os locais onde W. Henrique mais atuou. Excursionou também por várias outras cidades do Brasil e pelo exterior, como na Argentina, Uruguai, França, Espanha e Portugal. Por mais de dez anos, o compositor dirigiu o Theatro da Paz em Belém do Pará, cidade onde, em setembro de 1979, foi inaugurado um teatro para 220 pessoas, batizado com seu nome.
Waldemar Henrique morreu no dia 27 de março de 1995, sem sofrimento , de causas naturais, um mês e meio após ter completado noventa e um anos de idade. (Informação fornecida por Sebastião Godinho, amigo e ex-secretário particular de Waldemar Henrique, em novembro de 2005, via telefone.)

Passeio!

No dia 4 de maio de 2012, fomos a biblioteca Mario de Andrade ver um recital musical! Durante a apresentação eles usaram diversos instrumentos como: Rabeca, violão, sanfona e entre outros!